A primeira denominação do bairro foi Aldeia de Ururaí, palavra usada por índios guaianás em referência ao rio Tietê. Naquelas terras, em 1560, o padre Anchieta reencontrou um grupo de guaianás que havia abandonado as imediações do colégio jesuíta de São Paulo. Uma capelinha foi erguida para marcar a presença cristã na aldeia e dar seqüência à catequização dos índios. A construção levou o nome do arcanjo de devoção de Anchieta. Era o início da história de São Miguel Paulista. Em 1622, a pequena igreja foi substituída pela Capela, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional no ano de 1938.
A história de São Miguel Paulista, bairro no extremo leste da cidade, passa pela praça que, oficialmente, tem nome de um religioso, e, popularmente, de um estilo musical brasileiro. É a Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, mais conhecida como Praça do Forró. Além de conter a Capela de São Miguel Arcanjo, reconstrução da igrejinha que foi o marco do bairro em 1560, a Praça também foi palco de muitos shows nas últimas décadas e de manifestações do Movimento Popular de Arte de São Miguel Paulista, criado no final da década de 70 por um grupo de amigos (Edvaldo Santana, Osnofa, Sacha Arcanjo, Akira Yamasaki e Zulu de Arrebatá, entre outros) interessados numa política visionária de transformação provocada pela inquietação.
Antiga Estação de São Miguel |
A infra-estrutura viária começou a melhorar com a chegada do paralelepípedo, por volta de 1952. O asfalto viria anos mais tarde. Mesmo assim, a região ainda dispõe de ruas de terra. Porém, apenas este semestre, foram pavimentadas 19 ruas e concluiu-se o asfaltamento de outras 20.
Antigo Cine São Miguel |
O centro de São Miguel, nos arredores da Praça do Forró, é atualmente um importante pólo comercial e residencial.
Disponível em: Prefeitura do Município de São Paulo
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